Não havia meio termo, ou nos conformávamos com a sovietização de Portugal ou seríamos logo acusados de simpatizantes do anterior regime e reféns das consequência penais desse nosso atrevimento.
Os agitadores de hoje estão empenhados em tentativas para subverter as democracias do hemisfério norte acicatando os conflitos raciais em inúmeras frentes.
Não se pode viver a política e os destinos de um país como se vive o futebol e, pior, esquecendo a história. Em especial, a história extraordinária dum país com a responsabilidade de Portugal.
Os nossos eleitos não entendem que as jantaradas não são adequadas para a tomada de decisões na administração pública, não são próprias para processos de tomada de decisão pública.
Foi a grande surpresa da semana, se esquecermos as diatribes de Marcelo que parece ter perdido o norte.
Todos estes conflitos são pela conquista ou preservação da «terra». Alargar, conquistar, retomar ou consolidar territórios.
No 25 de Abril não esteve envolvida nenhuma figura do calibre de Afonso Costa. Mas quantas esperanças de muita gente que há 50 anos saiu à rua vitoriando a revolução não acabaram em dolorosas deceções?
Enquanto Eanes continua a recusar o bastão de marechal, Spínola e Rosa Coutinho são agraciados às escondidas pelo Presidente da República. E assim se comemoram os 50 anos do 25 de Abril. Da liberdade, da unidade, da esperança. De um país sempre adiado.
O invejoso nunca perdoa o mérito do outro, mais ainda se esse alguém é jovem e saiu de entre eles.
Se a Mercearia do Bolhão tivesse entre os seus clientes regulares metade daqueles que agora se indignam nas redes sociais, o proprietário estaria empenhado em manter o negócio.
Pela primeira vez na história, ironicamente, os políticos e os meios de comunicação social estão do mesmo lado da barricada.
Graças ao 25 de Novembro, somos hoje um país capitalista, livre e democrático.
Cada vez que me lembro que agora a gente escreve a última letra da última palavra, carrega numa tecla do computador e está tudo entregue!!
Vivemos numa época cheia de certezas e de verdades feitas, em que as pessoas pensam pouco, ouvem ‘umas coisas’ e repetem clichés. Muitas feministas que debitam banalidades sobre a ‘felicidade das mulheres’ nunca souberam o que era um trabalho duro fora de casa.
O Tite ensinou Pelé a ter coragem quando este ainda se chamava Gasolina. Foi um goleador implacável.
Ainda não temos igualdade no acesso à saúde, quem tem dinheiro ou a sorte de ter um seguro de saúde é privilegiado, quem não tem resigna-se a esperar demasiado tempo por uma consulta, exame ou cirurgia.
Este apogeu social chegou ao fim com a morte coincidente do Marquês e da revolução de 1974.
Quem nasceu em democracia é muito fácil acreditar em políticos demagogos mentirosos, pois o seu objetivo é alcançar o Poder…